Hotsite para o lançamento do livro!

novosite

Algumas pessoas já sabem, pois já postei a notícia há alguns dias no Facebook, mas quero deixar registrado aqui também: vamos lançar o livro do Momotaro!

O evento de lançamento vai acontecer no dia 20 de dezembro (sábado) às 16h na Saraiva Megastore do Shopping Vila Velha – ES.  Todos estão convidados para esse verdadeira festa. Estou muito feliz e estou certo que vai ser muito bacana, por isso, gostaria de compartilhar esse momento com todos os que visitam este blog.

Mais detalhes você pode encontrar no hostite: http://www.livromomotaro.com.br

Ou podem tirar suas dúvidas por aqui mesmo.

Te vejo lá! o/

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Margens e Mancha Gráfica

O conceito de mancha gráfica é amplamente utilizado na área editorial (em jornais, revistas, livros, periódicos etc), ela define uma área delimitada para impressão na página.

Geralmente os projeto gráficos editoriais mais tradicionais, como os livros de literatura, trabalham com uma mancha gráfica que apresenta um recuo de segurança em relação aos limites da página, porém não é difícil encontrar peças em que a área de impressão ocupa a página inteira e quando isso acontece chamamos de impressão sangrada. Na figura abaixo, seguem os respectivos exemplos citados:

mancha gráfica e impressão sangrada

Para o livro do Momotaro não projetei um grid fixo, mas procurei manter 2,5 cm de margens laterais, para que, ao manusear o livro, o leitor não fique com a mão sobre o texto, e também busquei não aproximar o texto mais do que 1,5 cm das margens superior e inferior, suficientes para que o texto não fique muito deslocado na ilustração e assegurar que não será cortado ao se fazer o acabamento do livro.

A figura abaixo mostra o planejamento das margens para a diagramação do texto:

mancha-gráfica

Na prática, o resultado final foi esse:

Considerei o resultado do teste com o protótipo bem sucedido, pois o texto continuou integrado à ilustração da página e a posição da mão ao manusear o livro não atrapalhou em nada a sua leitura. Saber posicionar o texto na página foi essencial para proporcionar uma boa experiência de leitura.

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Diagramação de livro infantil ilustrado

Bom, dando prosseguimento ao projeto gráfico, partimos agora para a etapa de diagramação.

Em posse do texto e das ilustrações, nesta fase o objetivo é combinar os dois elementos de forma harmoniosa, evitando que um atrapalhe o outro, seguindo como planejado no storyboard.

Ao diagramar o texto, deve-se ter cuidado para que o tamanho do corpo seja suficiente para ter uma boa legibilidade, ainda mais quando sobrepostas a um fundo ilustrado com as mais variadas cores e texturas. Alguns livros reservam uma página inteira só para o texto e outra para as ilustrações, outros livros utilizam um box de cor chapada (geralmente branco ou uma cor clara) para receber o texto e também existem aqueles que combinam as ilustrações com o próprio texto, ou seja, já são pré-concebidos para serem uma coisa só, quando se quer uma maior ou total integração do texto e o fundo ilustrado.

Abaixo, seguem alguns dos exemplos de diagramação mais utilizados em livros ilustrados.

No primeiro caso, uma diagramação que reserva uma página especial para o texto do livro, o resultado é uma página bem composta e limpa, mas com quase nenhuma interação do texto com as ilustrações:

exemplo de página tradicional

No segundo caso, um exemplo claro de como acorreu uma diagramação forçada (ou preguiçosa, como queiram chamar), um bloco de texto com muitas linha sobre box esfumaçado que ocupa a maior parte da ilustração da página:

Exemplo de diagramação forçada.

Nesse exemplo, uma página que combina texto e imagem, sendo que as ilustrações foram pensadas para não interferir no texto e vice-versa:

Exemplo de diagramação nos espaços em branco.

Abaixo, um exemplo de como o texto pode ter tanta relevância para a narrativa, que em alguns momentos se comporta/confunde como ilustração. Há um alto nível de integração entre o texto e imagem, porém deve-se considerar que na ocorrência de uma tradução da obra, o processo de adaptação seria mais trabalhoso.

Diagramação 5

Neste último exemplo, uma página que combina texto e imagem, onde além de dividirem o espaço em comum, a própria linguagem gráfica dos elementos tenta ser uma coisa só. Observem como o desenho da tipografia segue um traço semelhante ao da ilustração:

Exemplo de diagramação do texto aplicado à ilustração.

Existem diversas maneiras de se diagramar um livro infantil, os exemplos acima são os que eu considero como as formas mais tradicionais.

O tipo de diagramação também pode variar bastante de acordo com o objetivo, o autor e a natureza do livro. Você pode observar tipos de diagramação não-convencional em livros de poesia concreta, livros com pop-up, display eletrônicos, com janelas, enfim, uma infinidade de possibilidade.

Para o projeto do livro ilustrado do Momotaro, resolvi diagramar o texto fazendo uma composição semelhante ao último exemplo mostrado, onde a ilustração (desenvolvida de forma a já ter estabelecido uma área para receber o texto) ocupa todo o espaço da página. Quanto a tipografia, como justificado no post anterior, esta possui um desenho similar ao traço das linhas do desenho, o que permite uma maior interação entre elas.

Seguem abaixo, alguns exemplos de páginas já diagramadas:

Momotaro nascendo do pêssego

Momotaro navegando para Onigashima

No próximo post continuarei a falar sobre o assunto, explicarei o porque de algumas escolhas e sobre a importância da mancha gráfica.

Até mais!

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Escolhendo o tipo certo

Já com as páginas da história finalizadas, realizei a montagem do livro e a distribuição das páginas seguiu como determinado no storyboard. O próximo passo foi a escolha de um tipografia para o texto.

Escolhi trabalhar a família tipográfica Alsina Ultrajada, pois ela apresenta algumas características que estava buscando: possui um desenho simples e de fácil leitura e ainda possui pequenas imperfeições que a deixa menos conservadora além de combinar com o traço das ilustrações.

Um exemplo dos caracteres da Alsina Ultrajada:

exemplo tipografia alsina

Acredito o desenho das letras se integram bem ao estilo das ilustrações. Além disso, a tipografia tem peso suficiente para se apresentar sem precisar utilizar um corpo de letra muito grande e mesmo assim permitir uma boa leitura, ocupando menos espaço, por ser condensada.

No próximo post mostrarei um exemplo de como ficou a união das ilustrações com o texto.

Até la!

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Desenhando monstros!

Desenhar os temíveis Oni foi umas das etapas de criação mais divertidas, afinal, foi uma das que eu mais tinha liberdade para extrapolar. Seguindo o conceito básico de, imensos ogros com chifres e dentes afiados com vestimenta de pele de animais, todo o resto foi bem flexível.

Abaixo, separei alguns rafes que fiz e achei interessante.

Esse seria um oni veterano e rabugento que almeja tomar o posto de líder do grupo:

oni_old2

Esse, um oni barbudão, marcenário e quase viking, só faltou o escudo né? Hehehe

oni_barbudo2

Esse seria um perverso oni chefe, com uma forte expressão macabra. Seu kimono, porém, esconderia seu lado pervertido. Ninguém imaginaria que ele pudesse esconder um baú cheio de calcinhas roubadas das mulheres da vila.

oni_mestre2

E esse seria um oni mais underground, com seu chapéu de palha e aparência calma, quando irritado revela seu verdadeiro lado de oni berserk, seu tapa olho e suas várias cicatrizes seriam uma prova disso:

oni_underground2

Enfim, deu para ter uma ideia da imensa quantidade de possibilidades só nessa brincadeira. Infelizmente esses personagens não foram aproveitados no livro, mas quem sabe num prequel ou spin-off eles aparecem né?

E vocês, quais personalidades conseguem perceber apenas ao olhar os desenhos?

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